segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Barcelona vence superclássico

VÍDEO: Barcelona vence superclássico, encerra série do Real e reabre o Campeonato Espanhol

por ESPN.com.br

O Barcelona mostrou neste sábado por que é considerado o melhor time do mundo. Diante de um Real Madrid em melhor fase e que vive seu grande momento nos últimos anos, o clube catalão cresceu. Messi e Xavi fizeram o de sempre, e os reforços Fábregas e Alexis Sánchez também brilharam. O resultado: 3 a 1 para o Barcelona, que se mantém vivo na disputa do Campeonato Espanhol.

O sétimo clássico entre Real Madrid e Barcelona em 2011 foi também último. O ano que teve o maior número de encontros entre os dois grandes rivais se encerra com três vitórias catalãs, três empates e apenas uma vitória do Real – conquistada na prorrogação.

Com o resultado, o Barcelona chega a 37 pontos em 16 partidas no Campeonato Espanhol. O Real Madrid também tem 37, mas em 15 partidas. Uma vitória da equipe madrilenha praticamente encerraria a disputa pelo título na Espanha. O resultado deste sábado reabre o torneio.

Clique no player e assista aos gols da partida!
Para o Real Madrid, a derrota é ainda mais dolorosa. O resultado colocou fim a uma série de 15 vitórias consecutivas do clube, que não conseguiu superar a sequência do mítico time de 1961, comandado pelo treinador Miguel Muñoz.

O resultado também afeta os treinadores Pep Guardiola e José Mourinho, considerados os dois melhores do mundo na atualidade. Guardiola continua sem derrotas para o Real Madrid no Santiago Bernabéu. E José Mourinho segue sem vencer o Barcelona no estádio. Mais do que isso, o português amarga a oitava derrota para o clube catalão na carreira – é o time que mais derrotou o treinador.

Para evitar mais uma derrota diante dos catalães, José Mourinho levou a campo uma formação mais ofensiva do que se esperava. Em vez de três volantes, levou a campo um time armado no 4-2-3-1, tendo o francês Karim Benzema como referência no ataque.

E foi justamente Benzema que abriu o placar, logo aos 20 segundos de jogo. O gol mais rápido da histórica do superclássico começou em uma reposição de bola atrapalhada do goleiro Victor Valdés. Depois de receber a bola, ele tentou sair jogando e botou a bola nos pés de Di Maria.

O argentino tentou o passe para Benzema, mas a defesa cortou; no rebote, Ozil chutou da entrada da área e, após novo desvio, a Benzema pegou de primeira, chutando sem qualquer chance para o arqueiro catalão.

Além de ter sido o gol mais rápido da história dos clássicos, o gol deu mais tranquilidade ao Real Madrid. E a equipe tinha até uma razão estatística para ficar mais confiante: o Real vencera as últimas 62 partidas do Campeonato Espanhol em que saíra à frente no placar. No clássico, a última virada fora em 1989.

Depois de levar o gol, o Barcelona tentou se reorganizar, mas esbarrou em um adversário bem postado no meio-campo e em sua própria defesa. Com Cristiano Ronaldo, o Real Madrid criou duas boas chances. A primeira, aos 18 minutos, parou nas mãos de Valdés; a segunda, aos 24, saiu por muito pouco.

No Barcelona, Daniel Alves avançava como um ponta pela direita. Alexis Sánchez era o atacante central, e Lionel Messi atuava, ora pela esquerda, ora pela direita. O argentino era, como dele se esperava, o grande articulador das jogadas ofensivas.

Foi dele a primeira grande chance do Barcelona, aos 5 minutos, quando um belo chute da entrada da área parou nas mãos de Casillas. Foi dele, também, a jogada que acabou no gol de empate. Aos 30 minutos, o melhor do mundo nas duas últimas temporadas fez grande lançamento para Alexis Sánchez. O chileno superou Pepe e Coentrão na corrida e chutou sem chances para Casillas.

Aos 43 minutos, um lance poderia ter mudado a partida. Lionel Messi – que levara cartão amarelo aos 36 minutos – derrubou Xabi Alonso no meio campo. A torcida no Santiago Bernabéu protestou, pedindo a expulsão do craque. O árbitro David Fernández Borbalán marcou a falta, mas não deu o segundo amarelo ao argentino.

Apesar do empate por 1 a 1, o primeiro tempo terminou com ampla vantagem do Barcelona na posse de bola: 60 a 40%, levando a equipe da Catalunha a ampliar para 221 a sequência de jogos com o domínio neste fundamento.

A segunda etapa começou com o Real Madrid mais presente no ataque. Aos 5 minutos, Cristiano Ronaldo bateu falta da entrada da área. A bola parou nas mãos do goleiro Valdés.

Aos 7, foi a vez de o Barcelona ir ao ataque. Xavi, maestro do meio-campo, arriscou um chute da entrada da área. A bola desviou no brasileiro Marcelo, mudando completamente de direção e enganando o goleiro Casillas.

O gol mudou a estratégia do técnico José Mourinho. O português, que havia chamado Sami Khedira para entrar em campo, disse para o alemão voltar ao banco e chamou Kaká para entrar na o partida. O brasileiro foi a campo aos 13, no lugar de Ozil.

A entrada de Kaká mudou pouco no esquema tático e na disposição do Real Madrid. E, quando os donos da casa buscavam o segundo gol, foi o Barcelona quem marcou o terceiro. Como em 1989, o Real Madrid começava à frente, mas levava três gols do adversário. Mais um tabu quebrado pelo incrível Barcelona de Guadiola.

Depois do terceiro gol, o Real acordou. E, diante de um Barcelona que já parecia se poupar para a longa viagem ao Japão para o Mundial de Clubes, o time da casa teve chances de marcar. Mas Kaká e Cristiano Ronaldo pararam nas mãos de Valdés. No fim da partida, o goleiro se redimiu da falha que poderia ter custado mais uma vitória ao Barcelona.

Nos últimos minutos, o Barcelona deu aula. Teve chance de fazer quatro, cinco, seis. A vitória por 3 a 1 acabou com gritos de "olé" dos pouco mais de 400 torcedores catalães que foram a Madri assistir a mais um show.

FICHA TÉCNICA:

REAL MADRID 1 X 3 BARCELONA

Local:
Estádio Santiago Bernabéu, em Madri (Espanha)
Data: 10 de novembro de 2011, sábado
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: Fernández Borbalán (Espanha)
Cartões amarelos: Xabi Alonso, Lass Diarra, Pepe e Sergio Ramos (Real Madrid); Alexis Sánchez, Messi e Piqué (Barcelona)

Gols:
REAL MADRID: Benzema, aos 20 segundos do primeiro tempo
BARCELONA: Alexis Sánchez, aos 29 minutos do primeiro tempo; Xavi, aos sete, e Fábregas, aos 20 minutos do segundo tempo

REAL MADRID: Casillas; Coentrão, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo; Lass Diarra (Khedira) e Xabi Alonso; Di María (Higuaín), Ozil (Kaká) e Cristiano Ronaldo; Benzema
Técnico: José Mourinho
BARCELONA: Valdés; Daniel Alves, Piqué, Puyol e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta (Pedro); Alexis Sánchez (David Villa), Messi e Fábregas (Keita)
Técnico: Pep Guardiola

Nenhum comentário:

Postar um comentário